Em artigo recentemente publicado no Expresso, a actividade de corretagem foi examinada, sendo que os operadores neste segmento têm sido imaginativos para conseguir sobreviver à dependência dos grandes grupos financeiros.
Os que sobrevivem têm de mudar:
À ESPERA DE SER BANCO
LJ Carregosa é a casa financeira mais antiga da Península Ibérica, cujas origens remontam a 1833. Durante anos dedicou-se apenas à corretagem. A queda das margens neste negócio levou-a a diversificar, apostando na gestão de patrimónios. No ano passado decidiu transformar-se em banco. Até 2001 a empresa teve bons resultados mas depois, entre 2001 e 2003, teve prejuízos por causa da crise que se abateu sobre as bolsas. 2004 beneficiou da venda da participação na Euronext sendo que a partir de então conseguiu regressar aos lucros, beneficiando, no ano passado, do excelente ano em termos de mercado de capitais, segundo o Administrador Pedro Duarte.
A empresa aguarda apenas a autorização do Banco de Portugal após ter feito dois aumentos de capital que lhe permitiram ficar com os capitais mínimos para se transformar em banco. O novo banco Carregosa será o resultado da fusão de três sociedades (entre as quais a gestora de patrimónios Personal Value) e quer ir longe: já admitiu ter interesse em estar presente em Espanha, Angola e Brasil.
CORRETORA SENSAÇÃO
A maioria do capital da Lisbon Brokers pertence a dois accionistas: Francisco Marques Pereira (49.5%) e António Mardel Correia (32%) estando o restante nas mãos de pequenos investidores. Em 2005 os lucros atingiram os 127.6 mil euros tendo subido, nos primeiros nove meses do ano passado, para 1.4 milhões de euros. A nível de volume de negócio a empresa chegou aos 4.2 milhões de euros em 2005, aumentando no ano passado para os 5.1 milhões. Os principais clientes são institucionais, fundos de investimento e “hedge funds”. Os clientes particulares que nos últimos meses aumentaram o seu peso na carteira de clientes são ainda um segmento de mercado residual.
À CONQUISTA DO PAÍS
A Golden Assets nasceu em Abril de 2000 na área da gestão de patrimónios, dedicando-se à gestão de carteiras por conta de terceiros e à prestação de consultoria no investimento em valores mobiliários. Três anos mais tarde alargou a actividade à corretagem. É liderada por Fernando Pereira, principal accionista, e a partir do Porto, onde está sedeada, tem-se expandido para outras zonas do país. Em 0006 abriu uma representação em Lisboa e está também a tentar entrar em Espanha. Entre a gestora de patrimónios e a corretora tem mil clientes. O montante gerido atinge os 50 milhões de euros sendo que até ao final do ano a empresa espera duplicar este valor.
COM UM PÉ EM ESPANHA
Actualmente com 400 clientes activos a DIF mudou de mãos em Dezembro de 2002 quando Pedro Lino, actual presidente, actual presidente, assumiu a maioria do capital ao comprar 52% da Emerging Trade, que controla 60% da empresa. Os restantes 40% pertencem a accionistas do Norte. 2006 foi o primeiro ano com lucros desde 2000 – cerca de 100 mil euros. A partir de 2003 a DIF viu-se obrigada a alterar o modelo de negócio, evoluindo para as transacções via Internet, o que fez baixar os custos. A empresa tem acordos com gestores de carteiras que captam negócio para a corretagem. E está a tentar alargar a sua actividade para Espanha, onde vai abrir uma sucursal.
Restantes Operadores
A Finanser é outra das empresas que têm apostado em diversificar a sua actividade. A ideia é manter a área de corretagem mas entrar também na gestão de activos e no “corporate finance”, através de prospectores que identifiquem oportunidades de transacções empresariais.
No mercado português existem ainda outras empresas independentes como a Intervalores, Atrium Investimentos, Luso Partners ou a Ok2Deal, que inicialmente estava ligada à Personal Value.
Ver mais em Expreso ou procurar pelo autor na área de Economia - Pedro Lima.
06/01/2006
Saturday, January 27, 2007
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